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That highway


Toda essa ladainha de reflexão, ah, não passa mesmo de uma ladainha, de um blablabla, de uma historinha mal contada, ou melhor, bem contada, super interpretada. Dias tristes, perfeitos para te entristecer mais ainda. A dor de tristeza por si só já é terrível, acompanhada de incertezas, complexos mal complexados relacionamentos indefinidamente definidos, terrível pode então ter outros significados.

What a shame.

Eu sei de tudo, eu posso saber de tudo, eu só queria que você percebesse que eu não tenho mais nada. Tudo o que eu tinha se perdeu, e agora eu não tenho nada.
Eu me sento, eu respiro fundo, eu me acalmo, eu vou sorrir e assistir o show, pacientemente eu deitarei e ficarei acordada e vou estar atenta pra assistir as estrelas enquanto elas delicadamente caem do céu, como se fosse uma chuva mágica onde pingos prateados muito distantes de repente podem me tocar e iluminar todo o meu quarto a noite. Os meus olhos não enxergam as diferenças, eu já não respiro mais do jeito que eu costumava fazer, de repente sem perceber meus lábios se moverão e enquanto eu pensava que doía respirar, eu vou inspirar, as cordas vocais vão vibrar a medida que o ar for expelido, e então, mais magicamente, eu vou começar a cantar, eu não vou te esperar pra deitar aqui, eu vou fechar os olhos, eu vou cantar de todo o coração, vou sentir a chuva prateada atingindo o meu rosto, lavando suavemente todas aquelas antigas lágrimas. Eu vou cantar sozinha, até adormecer sem mais pensar em tanta mágoa. Eu vou de olhos fechados sentir que eu sou tão bonita quanto o brilho prateado que caía do céu, eu posso abrir os olhos e ver que o mundo ainda é o mesmo. Mas não essa noite, eu vou adormecer lentamente, sentindo cada gota de salvação prateada me atingir, eu vou continuar cantando, eu vou continuar acreditando que nenhum mal pode me tocar essa noite.

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