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Say my name.


Pelo jeito que o tempo passa, e eu volto as mesmas rimas desléxicas eu já deveria saber que o fim vai ser tão teatral como foi o começo. Desde o começo deveria ser assim, eu acho que perdi o manual, o passo a passo, eu perdi cinco canções, e o mundo girou, mas girou tão depressa que eu mal sinto meus pés presos ao chão, senti que a música mudou, um tom suave entorpece lentamente o meu corpo, eu já não tenho sentidos, ou eu tenho, tenho e eles estão tão, mas tão aguçados que eu me sinto confusa até de pensar. O mundo girou muito rápido, eu não sinto meus pés, eu não tenho mais as tuas mãos envolta do meu corpo, eu tentei correr, eu tentei te achar, mas eu não encontrei meus pés, eu não me lembro do que é correr, eu não consigo organizar idéias. Eu tento. Eu caio. Tão frágil, tão lindo, tão pequeno e grande, tão colorido, tão vivo, quantas coisas.

Eu não vou fingir que entendo, que pra mim não faz diferença, não, faz sim. E essas palavras nunca foram fáceis pra poder dizer, ou muito menos ouvir, mas é tudo tão honesto que só de pensar eu sinto cada minusculo musculo dilacerar, meu coração se parte tão tápido e eu ainda nem aprendi a andar, como vou sonhar em correr ? É tão mais lindo, perfeito e tocante quando não sai da minha boca não é ? Eu devo ter sido aquele tipo de criança que foi amaldiçoada por ter colocado algum prato fora do lugar. Eu me sinto tão pequena, eu não sou forte, é difícil de entender ? Eu não quero fingir, muito menos mentir, eu quero te dizer, palavra por palavra, frase por frase. Eu queria ser o melhor, eu queria poder te fazer entender que eu sou boa, que eu estou além das infames risadas. Eu fiz muita coisa boa, bonita e de que eu posso enxer a boca pra me orgulhar, mas de que adianta ser forte e capaz de mudar o mundo se eu não consegui até hoje te fazer perceber o quão bonitas as minhas palavras podem ser.

As minhas palavras são gentis mas não passam de um blablabla desritmado pra você

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