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Loving Lovin.

É que eu não me habituei.
Ainda sinto vontade de me contorcer a cada palavra que tu diz, mesmo sem intenção alguma de me derrubar, de me ver desandar, desabar, falando pouco, o rouco que sai de você, me faz sentir malditas explosões no peito e eu me sinto em campo de batalha, e a cada vez que o ar é expelido de meus pulmões, sinto granadas ardendo, queimando cada pedaço cheio de você, em mim.
Espero não me acostumar nunca, a sensação de sempre ser a primeira vez, toda santa vez que eu escuto a tua voz, e de repente o mundo pára, o ar se rasga, o som se rompe, e a única coisa que faz sentido é te repetir te amo a cada frase que se coloca a dizer, e sentir isso, aquilo, aquele, aquela, com toda a força que você é capaz de me fazer chorar, digo sentir.
Faz pouco tempo, menos tempo do que é normal se comemorar, mas a graça de viver é essa contradição, eu sinto vontade de todo dia comemorar, cada dia, por menor ou maior que seja, porque eu tenho você, ai a mil quilômetros de mim, e eu te tenho aqui, dentro de mim, nesse lugar perfeitamente tranquilo e a salvo do mundo, o meu coração.
Tu não podes me escutar.
Eu posso tentar gritar, eu posso te puxar os cabelos e até conseguir a tua atenção, guardar meu fôlego, e cuspir seis mil palavras em menos de dez minutos, esperando que alguma delas te faça entender. E tu não podes ouvir, trocamos os canais, mudaram-se enfim as estações e nada pode ser feito pra mudar o meu time, ou o teu.
Eu jogo do lado quente, eu sou filha do fogo, eu me perco na profundidade da beleza das minhas unhas vermelhas, você só tenta, só ente, só quer, não é, não pode, é um marrom claro, que fica no meio dos trilhos perdido, ferido, jogado aos leões que não quer, não tenta e não vai voltar pra casa.
A lamúria.

Love is not a competiton, but I'm winning.
 

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