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Skinny Love.

Porque o amor é o tipo de coisa frágil, nunca duradoura, que perde o brilho de acordo com o tempo que você fica sem dormir, que deixa de ser gostoso quando você começa a provar o gosto ruim das lágrimas, deixa de ser a única coisa no teu peito quando você se vê dormindo sozinha, quando eu digo sozinha não é a falta do teu peito, ou do teu colo que tanto me parecia fazer bem, quando eu digo dormir sozinha é estar sozinha ali na cama, deitando apenas comigo mesma, sem passar a noite inteira relembrando memórias, me perguntando o que foi que aconteceu com todo aquele amor que parecia que ia ser pra sempre, ficar ali, sozinha no escuro, comigo mesma, ouvindo todas as canções de amor e da falta dele que já não me fazem mais sentir como se eu fosse um grande pedaço de merda, dormir sozinha, ouvindo alguém cantar pra mim, tendo certeza que eu sou a coisa mais importante do mundo pra alguém e que infelizmente esse alguém não é aquele alguém que foi a coisa mais importante do mundo pra  mim, no meu peito, no meu mundo torto, controverso, diverso. A única coisa que eu sei é que tudo o que eu pedi foi demais pra você, e tudo o que eu sonho pode ser demais e foi pra você, e por mais errado que seja não acho que errei em nenhum momento de esperar que o amor que pra mim era forte se tornasse o único, que fosse aquele que não fizesse meu pescoço virar pro lado, nem meu coração saltitar incerto, tudo o que eu esperava é que de você viesse bondade, que viesse a paciência quase que eterna e intransigente que eu um dia lá trás no tempo te pedi e você me disse sem hesitar que tava ali comigo, pra qualquer parada, e que ia dar certo.
O problema de tudo é que o amor é o tipo de coisa frágil demais, tão frágil que um dia você acorda e simplesmente deixou de amar aquela pessoa que fez parte de um ano da tua vida, o amor é uma coisa tão louca que eu nem sei se tem sequer sentido. O problema não foi o que eu pedi, não foi o que eu sonhei, não foi o que você fez, me deixou fazer, ou deixou de fazer, o problema é que o amor é muito frágil, muito mais frágil do que nós um dia pensamos que podia ser, é mais frágil do que aquelas laços invisíveis que faziam teus dedos tocar meu corpo antes de ouvir qualquer barulho inesperado no meio da noite. A culpa é toda do amor, e da sua fragilidade. A verdade é que amor é isso. Por mais que se sonhe em poder viver com pra sempres e felizes, a vida real não tem nada de alegre a não ser o dinheiro que você tem no bolso no fim do mês.
Agora não existe mais medos.
E também de quebra não se existe por uns dias, meses sonhos, esperanças, quando um castelo desaba, você infelizmente tem de perder uns dias tentando achar sobreviventes no meio dos escombros, e depois disso, você começa a procurar por coisas de valor que possam estar intactas ou que possam ser consertadas, e depois de tirar tudo o que podia daquela confusão, você sorri, você chora, você se sente vontade de desistir porque só de pensar em limpar aquela bagunça dói nos olhos, costas, pernas, peito e braços. Você não desiste. Não porque não tentou desistir, porque você simplesmente foi incapaz até de desistir. Você deixa passar. Deixa ali tudo pelo chão, caído aos pedaços, fechando os olhos e pedindo pra deus que um vento mágico forte vindo do sul limpe toda essa confusão. E você sonha com isso todos os dias. E assim o tempo vai passando até que de fraco vento em vento fraco a fumaça desaparece e só restam os pedaços do que um dia foi glorioso e impecável, de vez em quando a loucura é mais forte e você se mete nessa confusão toda tentando achar alguém com vida, mesmo sabendo que pelo tempo e pelo dano é impossível, mas mesmo assim, dias de loucuras acontecem. Pouco. Mas acontecem. E não existe ninguém que possa te segurar contra essa vontade incontrolável de sofrer por nada. Nada.
O amor é frágil e parece um veneno silencioso que se instala dentro de você e simplesmente te arranca tudo de bom, ou que lhe parecia ser bom.
Mas agora eu não tenho mais medo.
Só de escuro, bandidos, baratas e de amor.
Eu não tenho agora mais medo de me machucar, porque eu senti a dor, e eu não acredito que ser infeliz possa ser pior, é sempre horrível e temporário, questão de uma boa organização mental, coisas novas pra fazer, pessoas novas pra se ter por perto, outros caras pra sentir.
O que eu ainda tenho medo é de amor.
Não de amar.
De amor.
De um dia acreditar de novo que oh meu deus, isso é tão bom, eu sou tão feliz. Ninguém pode ser feliz por culpa de alguém. Ninguém! Ninguém.

Skinny
Young
Dumb
Love.

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