Eu costumava ler a tua mente, descobrir através dos teus sorrisos qual parte de mim você estava se ocupando em impressionar. Na primeira vez, foi imprevisivel, eu só consegui começar a estar dentro de você quando sem graça, sem força, e com medo você disse que me amava olhando pro teto, como se ao invés de madeira, você pudesse ver o céu, e eu não tinha dúvidas que via, porque foi o que eu vi, antes de descer o olhar pra você, sorrir e sussurrar um também, muito bobo e desajeitado. Foi a primeira vez que eu consegui na minha vida, dizer te amo olhando nos olhos de quem me tirava o ar e o chão. Eu quis te dizer durante tanto tempo que eu so vivia pra você, por você.
E engraççado como eu só consegui enxergar com tamanha exatidão, depois de estar no tunel mais escuro e sujo do mundo.
Falta luz.
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