Chegou ao ponto insustentável e fim, final. Eu não posso mais te cobrar, te querer, te esperar ou te ter. Eu não posso mais lembrar de você, querer você, sonhar com você, desejar ainda estar com você, por mais que agora isso possa doer eu preciso entender que as vezes quando o mundo desmorona e as coisas todas se despedaçam por aí, a gente se separa sempre, e é assim que a gente funcionou, funciona e sempre vai funcionar, sozinhos. Você aí e eu aqui. Juntos eu te atraso, você me atrasa e aí os dois ficam presos em escombros e fantasmas de coisas horríveis impossíveis de aguentar, porque carregar nas costas uma relação que deveria estar entre os dedos e o peito não é bom nunca pra nenhuma das partes.
De repente eu acordei.
De repente eu tropecei, cai da escada, fui parar no último andar.
De repente eu percebi.
O que eu tanto chamei de amor, pra você era medo de acabar sozinho.
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