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ppl.

Eu pensei que você fosse estar aqui, não hoje, não agora, não quando eu chorei, não quando eu te precisei, não quando isso doeu, não quando isso deixou de doer, mas como você prometeu: sempre. Eu te deixei entrar, eu te deixei brincar, de ser, de estar, tudo que eu fiz foi por feitiço, encantamento, foi o seu cheiro invadindo meus pulmões, foi a sua voz percorrendo meu sangue, foi o seu gosto no meu corpo, seu suor na minha boca, sua sede nas minhas mãos. E eu que pensei que você fosse estar aqui. Eu não tenho mais medo de nada, eu só quero saber se eu ainda posso respirar. E essa dor ? Isso não é amor, é a falta dele. Isso é o deixar de viver, pra começar a morrer, suas perspectivas mudam completamente quando você sente que nada mais pode te abalar, tudo o que podia acabar com você, já veio, já foi, já acabou, não te pediu desculpas, não te abraçou, não te esperou entender ou melhorar, não te esperou, não te esperou. Quando tu perdes o medo, o que tu ganhas é um choque, é um baque, é o desacreditar na vida, é o acreditar na morte, é o deixar de esperar coisas boas, de sonhar vidas, é a troca injusta da esperança pelo desespero, isso dói, dói todo dia, toda hora, a cada segundo, quando tu fechas os olhos, quando tu abres de novo, e essa dor, essa mágoa, essa angústia e essa loucura, te fazem gritar a todo momento: Eu não quero mais viver. Eu queria poder voltar pra casa, não praqueles pedaços de madeira, concreto e vigas de metal, eu queria voltar pra um determinado momento de tempo de magia de espaço, onde a minha existência fazia algum sentido. Eu queria voltar no tempo, na casa, na hora, na minha, na tua, na volta.

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