Da pequena distração
Ela era só uma pequena, diga-se pequena não de passagem, distração, beirava um metro e sessenta e mais uns poucos centímetros além, que ela fazia questão todo dia de dizer ‘ tenho dois centímetros a mais que você ’. Ela foi um erro, de fato um erro, uma substituição parcial de um erro, que ocasionou numa cadeia de erros que perdeu o controle, saiu das minhas mãos e ganhou tanta vida, que matou aos poucos a minha. Talvez em outra vida, ela pudesse me levar. Talvez em outra vida, eu fosse um pouco mais forte e não me apaixonaria por um brinquedo, mas você pode me entender ? Era meu, era minha, era o meu jogo, a minha aventura, o meu brinquedo favorito, que me dava doses diárias de alegria, porque raios eu deveria não gostar dela ? Não estou dizendo que isso seja algo impossível, só estou justificando e enquadrando, como algo improvável.
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